Na maior rodada de negociações sobre o clima, a COP 27 – conferência das Nações Unidas realizada em Sharm El-Sheikh, no Egito – reuniu 198 países para chegar a um consenso político no enfrentamento às mudanças climáticas.
As decisões da COP 27 conduzirão políticas, projetos e ações nas esferas pública e privada em prol do desenvolvimento econômico sustentável. O objetivo é impedir que a temperatura do planeta suba acima de 1,5˚C.
A partir desse ponto, investimentos em inovação, ciência e tecnologia serão fundamentais para materializar soluções de prevenção e mitigação.
Listamos 5 temas da COP 27 que estão cravadas em pedra. Confira:
Justiça Climática e Decisão Histórica na COP 27
O grande destaque da COP 27 foi sem dúvida a decisão mais tabu da Conferência. Enfim, as partes chegaram a um consenso sobre a criação de um fundo de perdas e danos para auxiliar países “particularmente vulneráveis”.
Esse fundo é uma compensação financeira para reparar países em desenvolvimento, os mais afetados por desastres climáticos e que menos contribuem com as emissões.
Em 2023, será criado um comitê para definir como será captado e operado o fundo no ano seguinte, quais países irão aportar recursos e quais serão beneficiados.
Redução do Desmatamento
Especialmente relacionado ao cenário brasileiro, o desmatamento zero será uma das principais medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa até 2030. Governo e iniciativa privada deverão direcionar ações para o compromisso com as florestas, recuperação de manguezais e restingas.
Aliás, quer um case de sucesso sobre como reverter a perda de florestas?
O Lactec coordena o projeto de restauração florestal do Parque Nacional Guaricana, na Serra do Mar paranaense, em parceria com o Fundo Brasileiro para Diversidade – Funbio.
O projeto tem o protagonismo da comunidade indígena Tupã Nhe´é Kretã, que foi capacitada pelos pesquisadores acerca de conceitos básicos e técnicas relacionados à recuperação de áreas degradadas.
Liderada pela cacica Andreia Fernandes, a comunidade indica os locais a serem restaurados, bem como espécies de interesse, e também atua ativamente na coleta de sementes, produção de mudas e reflorestamento.
Além de restaurar uma área de 100 hectares de Mata Atlântica, outros objetivos dessa iniciativa são desenvolver a influência da mulher como liderança na comunidade e fortalecer a comunidade indígena para que continue permanentemente com as atividades de restauração florestal.
Transição Energética
É nítido o consenso de que o mundo precisa mudar a maneira como produz e consome energia para mitigar os efeitos das alterações climáticas. Logo, a transição energética é um dos pilares mais fortes para o enfrentamento.
Na COP 27, as delegações expuseram medidas substituindo fontes fósseis por renováveis e apostando em usinas híbridas. Há um esforço mundial focado no crescimento das energias solar e eólica.
O Brasil apresenta um desenho oportuno para o desenvolvimento de parques eólicos offshore: são 11 mil quilômetros de litoral sem incidência de furacões. Além disso, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), somando o potencial eólico offshore e onshore a usinas solares e hídricas, o país é capaz de se tornar exportador de energia limpa.
Ainda sobre transição energética na COP 27, representantes do setor de energia também reforçaram a necessidade de concentrar políticas e investir em hidrogênio verde, bioenergia, armazenamento de energia e modernização e digitalização das redes.
Etanol
Outro destaque também foi o papel do etanol no futuro do mercado mundial de mobilidade. O potencial energético desse e de outros biocombustíveis ganhou força após a crise gerada pela guerra na Ucrânia.
Veículos híbridos flex e carros elétricos com célula de combustível movida a etanol são vistos como aliados e principais tendências para a descarbonização. Para o Brasil, há oportunidades de exportar tecnologias e soluções focadas nesses combustíveis sustentáveis.
A transição dos veículos a combustão para os elétricos é irreversível, segundo especialistas. O Lactec tem desenvolvido várias frentes de pesquisas na área, inclusive, para nacionalizar tecnologias de recarga. Leia mais aqui.
Indústria Verde
A indústria aprofundou o debate sobre como promover uma economia verde, reforçando seu compromisso com ações efetivas de ESG.
A urgência climática impõe empresas comprometidas com o meio ambiente, com atividades sustentáveis e alternativas tecnológicas verdes. A sociedade também pressiona por marcas que geram impactos positivos.
Nesse caminho, a indústria se torna mais inovadora e competitiva, com valores sólidos, maior atração para investidores, e processos mais eficientes com menor custo.
Lembrando que sustentabilidade e tecnologia andam juntas. Para a indústria fazer a transição energética e adotar a economia circular, por exemplo, deverá investir em pesquisa, ciência e inovação tecnológica.
Lactec e COP 27
O Lactec é um dos maiores centros privados de pesquisa, tecnologia e inovação do país. Por meio da estratégia Go Green, contribui efetivamente para que grandes players alcancem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Saiba mais!
Além de atuar fortemente no mercado de energia, com ênfase em fontes renováveis e modernização do setor elétrico, oferece consultoria especializada em diversos segmentos de meio ambiente e mobilidade elétrica para empresas que desejam estar alinhadas aos objetivos da COP 27.
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