Em evento on-line nesta sexta-feira (23/10), o superintendente de Smart Grid e Projetos Especiais da Copel Distribuição, Julio Omori, fez um balanço da participação da empresa, no Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apresentando vários projetos realizados em parceria com o Lactec, que tiveram resultados efetivos para o setor elétrico.
De acordo com o Omori, a preocupação com a inovação aplicada tem sido cada vez mais presente na concepção dos projetos pela Copel e essa visão se alinha com a expectativa da Aneel que, ao revisar as regras do programa, quer dar bastante atenção a resultados. “Todos esses projetos tiveram seu esforço no passado e, hoje, estão apresentando retorno no dia a dia da Copel”, disse o superintendente, ao citar iniciativas como da rede compacta protegida, de equipamentos de proteção individual (EPIs) e ferramentas para manutenção em linha viva, entre outras.
Na área de automação, Omori lembrou do P&D realizado em 2001 com pesquisadores do Lactec, que ratificou a adoção do protocolo de comunicação DPN3 para equipamentos de campo, subestações e centros de controle, que é usado até hoje.
Muitas das pesquisas realizadas no âmbito do P&D Aneel, segundo o executivo, colocaram a Copel como protagonista na preparação para o futuro. Um dos exemplos disso, lembrou Omori, foi o projeto na área de recursos energéticos distribuídos, anterior à Resolução Aneel nº 482, que preparou o terreno para o que a Copel vem vivenciando hoje: a conexão de milhares de plantas de micro e minigeração distribuída à rede da concessionária. Mais recentemente, em outro projeto realizado com o Lactec, foi desenvolvido o Control Box – um sistema de despacho da GD para controle mais efetivo e remoto da potência de geração.
Para Omori, a maturidade que o Programa de P&D Aneel atingiu tem viabilizado avanços na cadeia de inovação. Exemplo disso são os produtos gerados a partir da pesquisa e que foram colocados no mercado, como o sensor de identificação de falhas e o equipamento para avaliação da malha de terra com a subestação energizada. O executivo citou, ainda, o capacete com sensor de tensão, também desenvolvido em parceria com o Lactec, que chegou à etapa de industrialização e rendeu à Copel sua primeira patente internacional, e as estruturas de recarga rápida para veículos elétricos, que formaram a primeira e maior eletrovia do país.
“Esses foram exemplos de resultados práticos, que estamos colocando em linha, que estão dando retorno à Copel”, afirmou Omori, que aposta no potencial das chamadas públicas realizadas pela empresa para gerar ainda mais resultados. “Temos um futuro muito promissor, muito baseado nas chamadas públicas e nesse movimento que é ter projetos de P&D com resultado. São vários benefícios, até intangíveis, de crescimento profissional, das equipes. A gente ganha diversidade e fortalece o nosso grande parceiro de projetos, que é o Lactec”, concluiu.