A contribuição dos institutos de ciência e tecnologia para o cumprimento das agendas empresariais de sustentabilidade, que são guiadas pelos princípios de governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês), foi o tema que norteou a palestra da diretora administrativa financeira do Lactec, Katia Fiebich Peroni, na Conferência sobre Emergências e Riscos Ambientais, promovida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), na última semana.
Katia participou do painel intitulado “RSC/ESG: Consciência Corporativa ou Greenwashing?” e, além dos conceitos e pilares da agenda ESG, apresentou as certificações mais buscadas pelas empresas para comprovar seus compromissos com a sustentabilidade. A executiva destacou que, especialmente, no aspecto ambiental, a inovação é imprescindível para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e lembrou que o Fórum Econômico Mundial chegou a propor, em 2020, que a sigla passasse a ser grafada como “ESG+T” para considerar, também, a dimensão tecnológica.
“Independente dessa adição, o reconhecimento da importância das práticas ESG tem gerado oportunidades para o setor de tecnologia e inovação”, complementou Katia, citando como exemplos as demandas em eficiência energética, energias renováveis, redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), due dilligence ambiental de fornecedores e parceiros e em mecanismos de avaliação e valoração de serviços ecossistêmicos.
Para contextualizar o papel dos ICTs no cumprimento da agenda ESG e atingimento dos ODS, Katia apresentou a estratégia Go Green Lactec, que veio a consolidar o comprometimento da empresa com a sustentabilidade, por meio de macroiniciativas, como projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em energias renováveis, conservação da biodiversidade, gestão dos recursos naturais e mobilidade sustentável, e iniciativas locais de responsabilidade socioambiental.