Desenvolvido para o setor elétrico, o SPIM prevê o mercado de energia de consumidores em curto, médio e longo prazos. Isso significa que é possível estabelecer quanto o setor industrial, por exemplo, consumirá de energia daqui a 10 anos. “Isso permite à concessionária fazer um planejamento financeiro e de mercado, prevendo a expansão de seu sistema para atender às demandas de distribuição de energia,” explica o pesquisador dos Institutos Lactec Daniel Detzel. Os resultados se baseiam em um banco de dados com valores históricos de consumo, que passam por cálculos matemáticos e de previsão de séries temporais.
Um primeiro estudo de caso realizado com diversas classes e faixas de consumo da Copel já traz novidades para a companhia. Segundo os resultados, as três classes de mais baixa renda estão diminuindo a demanda por distribuição de energia. Os pesquisadores acreditam que esse possa ser um fenômeno de mudança de classes sociais. “A população das classes de baixa renda parece estar diminuindo e migrando para as mais altas”, diz Detzel. “Com isso, a demanda de energia diminui nas classes mais carentes, enquanto nas de maior renda há um aumento da demanda.”
Além dos pequenos consumidores, os de grande porte, como a indústria, também podem sofrer alterações. “Existe uma migração dos grandes consumidores para o mercado livre de energia, uma vez que esses clientes têm liberdade de escolher de quem quer comprar energia e pode negociar preços, já que o valor que eles gastam é muito alto,” explica Detzel.
Com a entrega do projeto e os resultados obtidos, a Copel ganha melhores ferramentas em busca de soluções para o fornecimento de energia, desde o residencial até a indústria e a iluminação pública.