A inserção de tecnologias de inteligência artificial, realidade virtual e machine learning, por exemplo, podem acelerar o processo de modernização do mercado de energia, o que inclui as vertentes definidas pelos “3 Ds” – digitalização, descentralização e descarbonização. Mas para que essas tendências tecnológicas atendam aos agentes locais, é preciso estudar a fundo suas aplicações para adaptá-las às necessidades e configurações do setor elétrico brasileiro.
Essa tem sido uma das principais frentes de atuação do Lactec em seus projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). E foi uma das razões que motivaram o convite para participar da 13ª edição do Fórum Latino-Americano de Smart Grid, realizado esta semana, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.
Além da presença como expositor, retomando o contato presencial com parceiros do mercado, a empresa também pôde participar do painel em que foi discutido o papel das tecnologias e sistemas avançados na transformação das empresas do setor.
O engenheiro eletricista Alexandre Caliari, gerente da área comercial do Lactec, falou sobre inovações tecnológicas e projetos disruptivos e apresentou algumas das pesquisas em smart grid conduzidas pela empresa para dar uma ideia da diversidade de aplicações das tecnologias.
Um dos projetos que colocaram o Lactec na vanguarda das tecnologias smart grid, cerca de uma década atrás, foi o desenvolvimento de um sistema de medição inteligente, lembrou Caliari. De lá para cá, os pesquisadores da empresa vêm se debruçando em estudos de aplicações smart cities sobre smart grids, em sistemas de geração solar distribuída e de armazenamento de energia para atendimento a regiões isoladas, na automação de redes, mobilidade elétrica e em sistemas de monitoramento de redes em tempo real, com o desenvolvimento de um sensor inteligente. “Muitos dos projetos, inclusive, mereceram reconhecimento pelas soluções inovadoras propostas, em premiações promovidas pelo setor”, apontou o executivo.
Para Caliari, o desenvolvimento tecnológico do setor elétrico se reverte em ganhos em vários aspectos, que vão muito além do desempenho operacional. “A tecnologia e a inovação contribuem, efetivamente, para o desenvolvimento sustentável do mercado de energia e isso impacta de forma positiva o meio ambiente e toda a sociedade”, acrescentou.