Apesar do grande potencial, considerando a crescente busca por energias alternativas e a extensão da costa brasileira, que é de 7.491 quilômetros, a geração de energia pela força das ondas oceânicas (ondomotriz) ainda não é explorada na matriz elétrica brasileira. Os benefícios são vários: o potencial energético das ondas ao longo de toda a costa brasileira é de 87 GW, cerca de 50% da oferta de potência instalada atual; a constância da fonte (as ondas não param); a diversificação da matriz e aumento da geração distribuída, além do fato de grande parte da população estar próxima da linha costeira.
O Lactec, um dos maiores centros privados de ciência e tecnologia do Brasil, em parceria com a Hidrobombas Engenharia (BA), debaterá o tema no próximo dia 25, a partir das 10 horas, durante o webinar de apresentação dos resultados do 1.º ano do Projeto de Geração de Energia Ondomotriz.
O evento terá a participação do professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (Feup), doutor Paulo Jorge Rosa Santos, que de Portugal compartilhará suas experiências em âmbito internacional, nas lições aprendidas com outros projetos.
O projeto de geração de energia ondomotriz é executado no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e tem como objetivo principal o desenvolvimento de uma prova de conceito (um modelo prático) para um sistema de geração de energia a partir do movimento das ondas. “A intenção é debater o desenvolvimento de uma matriz energética mais robusta, confiável e inteligente, que ainda é inexplorada no Brasil”, afirma o pesquisador do Lactec e coordenador do projeto, Rodrigo Paludo.
Para o desenvolvimento de modelos práticos com pesquisas de campo da energia das ondas e das estruturas a serem desenvolvidas e instaladas em regiões costeiras, o Lactec está construindo um Laboratório de Estudo da Energia das Ondas (LEEO). O complexo estudo permitirá determinar a funcionalidade, viabilidade técnica e econômica e a eficiência energética do sistema.
A estrutura do LEEO conta com um sistema computacional com capacidade para realizar simulações de mecânica dos fluidos em um tanque físico, com capacidade de geração de ondas 3D para simulações de modelos reduzidos.
O projeto conta com a participação da Companhia Energética Candeias, Companhia Energética Potiguar e Companhia Energética Manauara – controladas pela holding Global Participações em Energia (GPE).
Confira a programação do webinar: