O Lactec integrou a delegação brasileira que participou da missão técnica e comercial organizada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, em Atlantic City, Nova Jersey, no final de abril, para uma aproximação com agentes do mercado eólico offshore norte-americano e para a IPF Offshore Wind Conference.
Os principais temas apresentados durante a missão, que durou cinco dias, foram a concepção do marco regulatório para o desenvolvimento da geração eólica offshore em águas federais, estudos e licenciamentos ambientais, além da infraestrutura e logística necessárias para viabilizar a construção dos empreendimentos.
A pesquisadora do Lactec, Ana Paula Oening, que coordena um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em eólica offshore para um player do mercado energético brasileiro, representou a empresa na missão aos Estados Unidos, trazendo de lá informações relevantes sobre o segmento. Segundo ela, a parte de regulação foi um dos destaques das conversas, pois o governo norte-americano, por meio do Bureau of Ocean Energy Management (BOEM), já fez o dever de casa para dar embasamento legal e segurança jurídica aos empreendedores do mercado eólico offshore.
Os Estados Unidos estão iniciando nesse mercado (o que explica a presença de vários players europeus na conferência), mas já estão bem adiantados em relação aos aspectos regulatórios, inclusive, em relação ao formato dos leilões para concessão de áreas e exploração dos empreendimentos e para a venda de energia, que acontecem separadamente. O próximo passo será criar uma infraestrutura portuária e toda a cadeia de suprimentos para viabilizar a implantação dos parques eólicos marítimos, eliminando gargalos logísticos.
“O mundo todo está olhando para esse mercado, que tende a crescer muito nos próximos anos, principalmente em razão das metas de redução de emissões para conter a crise climática, e demandará, além de infraestrutura, profissionais capacitados”, apontou Ana Paula. A expectativa é de que a geração eólica offshore avance também no Brasil, que já tem projetos em licenciamento no Ibama, somando 80 GW de potência instalada.
A delegação brasileira para a IPF Offshore Wind Conference reuniu representantes do setor elétrico, governos estaduais, Ibama, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e parlamentares, entre outros.
Na vanguarda das pesquisas
O projeto de P&D que está sendo executado pelo Lactec propõe avaliar métodos construtivos em parques eólicos offshore. Segundo a coordenadora, Ana Paula Oening, o objetivo é desenvolver uma metodologia, adequada à realidade brasileira, para auxílio à tomada de decisão nos processos de suprimento, construção, montagem, comissionamento e partida de parques eólicos offshore, com foco em tecnologias inovadoras e visando sua aplicação em futuros projetos comerciais.
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