Mais sustentáveis e econômicas, as lâmpadas LED estão crescendo cada vez mais no mercado brasileiro. Afinal, esse modo de iluminação dura até 25 vezes mais do que lâmpadas incandescentes.

Em resumo, a tecnologia LED gasta menos energia para gerar mais luz no ambiente. E na hora do descarte, é a opção que gera menos resíduos tóxicos, já que não possui mercúrio em sua composição.

Porém, ao oferecer qualquer mercadoria elétrica para o mercado, a segurança deve estar em primeiro lugar. Lâmpadas LED não certificadas, além de não contar com os benefícios, são um risco para a saúde e bem-estar dos consumidores. Portanto, desde 2016, é obrigatória a certificação em lâmpadas LED com dispositivo integrado à base.

Entenda que garantias que a Portaria INMETRO n. º 144/2015 oferece para fabricantes e compradores:

Objetivos da certificação de lâmpadas LED:

Todas as lâmpadas LED atestadas pela Portaria INMETRO atendem aos requisitos de qualidade. Isso garante que todo produto conte com bom desempenho e compatibilidade energética (segurança).

Confira as vantagens que a certificação compulsória traz para o setor:

• Certificar, na prática, é atestar que os produtos atendem os requisitos mínimos de qualidade e segurança;
• Padronização de qualidade nos produtos disponíveis no mercado;
• Atestar que os produtos não causarão interferência na rede elétrica;
• Eliminar o risco de superaquecimento;
• Providenciar segurança e bem-estar aos consumidores;
• Garantir a excelência das peças para revendedores.

Quais lâmpadas LED precisam da certificação?

A principal característica dos produtos a serem analisados é a presença de um dispositivo de controle integrado a base de modo não destacável. Confira outras características técnicas que tornam a certificação INMETRO obrigatória:

• Usada em redes de distribuição de corrente alternada com 60Hz;
• Destinada para tensões nominais de 127V ou 220V;
  • Para tensões nominais maiores que 50V e até 250V, quando as bases forem de acordo com ABNT NBR IEC 62560:2013 (B15d, B22d, E11, E12, E14, E17, E27, G5, G9, G13, GU10, GZ10)
  • Para tensões nominais até 50V com bases G4, GU4, GY4, GX5.3, GU5.3, G6.35, GY6.35, G53, GU7, G5, G5.3 e G13
• Aplicada em faixas de tensão em corrente contínua DC ou CC;
• Com proteção contra surto;
• Tensão de alimentação de até 250V;
• Para uso doméstico e similares;
• Lâmpadas LED tubulares, ou “tubo LED”, quando o dispositivo de controle está incorporado

Logo, alguns modelos específicos de lâmpadas LED não necessitam do certificado. São elas:

• Lâmpadas LED com lentes coloridas;
  • Mesmo se o dispositivo de controle for incorporado, não é necessário o certificado
• OLED: Diodo Orgânico que Emite Luz (Organic Light Emitting Diode, em inglês)

Quais são os testes necessários para conseguir o certificado?

Primeiramente, é preciso compreender os dois modelos de certificação disponíveis. É denominado Modelo 5 é aquele em que é realizada a avaliação do processo produtivo e do sistema de gestão do fabricante, com ensaios de laboratório no produto. Já o Modelo 7 realiza testes apenas em um lote específico do produto.

A validade para o Modelo 5 é de 3 anos, desde que se realizem manutenções anuais. Para a outra modalidade, o certificado dura até a venda do lote.

Nos dois casos, a lâmpada é testada em laboratórios com acreditação reconhecida. O Laboratório de Luminotécnica do Lactec, que tem a acreditação reconhecida pela Cgcre do Inmetro, são realizados os ensaios necessários para certificação e venda dos produtos no mercado brasileiro.

Confira como é avaliada a lâmpada LED:

• Ensaios fotométricos e elétricos: Se obtém os seguintes dados de desempenho: fluxo luminoso, temperatura de cor, IRC, potência, fator de potência, corrente, taxa de distorção harmônica, curva de distribuição, máxima intensidade de pico, ângulo de abertura e geração do arquivo IES.
• Ensaios de segurança: Alguns ensaios que visam garantir a segurança dos produtos: Marcação, intercambialidade da base, proteção contra choque elétrico, rigidez e resistência de isolação, resistência à chama e ignição, compatibilidade eletromagnética dentre outros ensaios

Como diferenciar uma lâmpada LED certificada da não certificada?

Após o fabricante receber a certificação INMETRO, deve aplicar a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) na embalagem do produto. Dessa forma, revendedores e consumidores poderão conferir a validade do produto (que o produto passou pelos requisitos mínimos de segurança e desempenho).

O selo contém três informações, que devem estar devidamente preenchidas:

• Fluxo luminoso (lm): defina a quantidade de luz emitida
• Potência (W): consumo de energia
• Eficiência luminosa (lm/W): mede o quanto de energia elétrica é, de fato, convertida em iluminação durante o funcionamento de uma lâmpada.

Ao comprar uma lâmpada LED sem a certificação INMETRO, o comprador é exposto a diversos riscos. O primeiro é a falta de transparência sobre o gasto energético do produto, que pode trazer prejuízos. Além do possível problema que a lâmpada pode causar na instalação do consumidor final, devido à falta de segurança e baixo desempenho.

O produto que não passou por ensaios. Pode causar interferência eletromagnética com a rede elétrica e causar problemas de segurança elétrica, além de possivelmente trazer uma vida mediada bem abaixo dos produtos certificados, o barato pode sair caro.

Apenas testes realizados pela certificação compulsória garantem a segurança do consumidor. Uma lâmpada é feita para durar anos, no mínimo 25000 horas. Os ensaios tentam simular os problemas que possam acontecer durante toda sua vida útil.

O Laboratório de Luminotécnica do Lactec foi concebido para a realização de ensaios* elétricos, fotométricos e de segurança em lâmpadas, luminárias e reatores. Com o fabricante, trabalhamos para que cada peça atinja a excelência desejada.