A liderança da Região Nordeste para aumentar a participação de fontes renováveis de energia na matriz elétrica brasileira norteou as discussões do grupo de executivos e autoridades ligados ao setor de infraestrutura, no evento promovido pelo GRI Club, nesta sexta-feira (11/3), em Salvador (BA). A Bahia, onde o Lactec está presente com sua filial Nordeste, é o estado que está entre os maiores produtores de energia eólica e solar da região, respondendo por quase um terço da capacidade de geração do país em ambas as fontes.
O tema central do debate moderado pelo presidente do Lactec, Luiz Fernando Vianna, foi: “Energia Limpa: o Nordeste desponta rumo à neutralidade climática?”. Os números relativos à capacidade atual de geração e ao enorme potencial de expansão das fontes renováveis respondem essa pergunta. Vianna destacou que a região não só lidera a produção de energia limpa, pois dispõe em abundância de dois ativos fundamentais (vento e irradiação), como também se sobressai como uma região promissora para a expansão das novas fronteiras energéticas: o hidrogênio verde e a eólica offshore.
Diante desse cenário favorável, o Nordeste tem sido o principal alvo de investimentos e prospecções para novos empreendimentos que visam à transição energética. Segundo Vianna, isso tem movimentado, também, o ecossistema de inovação da região, o que inclui o Lactec, para fazer frente aos desafios tecnológicos das fontes que estão em pleno crescimento, bem como desenvolver as tecnologias para a inserção de novas fontes.
Com a expectativa de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) lance, este ano, uma chamada estratégica para estudos em hidrogênio energético, a tendência é de crescimento nos projetos de P&D nessa área. Os players do setor elétrico, lembrou Vianna, também já estão mirando investimentos em eólicas marítimas. Já são 36 projetos em licenciamento no Ibama, dos quais 16 estão no Nordeste.